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Esse blog é uma homenagem ao centenário do nascimento de Rachel de Queiroz, ele faz parte do concurso Coletânea FB.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Adeus

Olá!
Eu estou tão cansada!! Meu Deus! Parece que tem um trator passando em cima de mim. Mas, é claro que eu arranjei tempo para passar por aqui e fazer meu último post. Pois é, acabou o concurso, hoje é o último dia e eu vou ter que dizer Adeus!! Tudo que é bom acaba logo né? Então... Eu acho que de todos os blogs que eu fiz esse definitivamente é o melhor. Me fez crescer como pessoa, sabe?


A história da Rachel de Queiroz é inspiradora. Ela superou dificuldades, correu atrás de seus sonhos e fez história! Ela estará sempre marcada na nossa memória, não só como grande escritora,mas, também como mulher forte,e ao mesmo tempo doce. Simpática, amável e humilde. E eu vou sentir falta de falar sobre ela, porque depois de pesquisar tanto e escrever eu sinto como se eu a conhecesse.

É quase como uma personagem de um livro. Depois que eu termino de ler eu passo dias sentindo falta, querendo conhecer de verdade. E é assim com a Rachel, eu tenho vontade de conhecê-la, de falar, de saber o que ela acha do meu blog e seu eu escrevi tudo direitinho. Mas, eu infelizmente eu não posso e vou ter que me contentar com a Rachel da minha imaginação, a Rachel das pesquisas, dos livros e das histórias que as pessoas contam.
 Então, é isso! Beijos
Nós vemos no próximo blog!




Ana;)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cronista ou romancista?

Oi,
 A Rachel de Queiroz foi uma mulher de muitos talentos. Escreveu peças, romances, livros infantis, crônicas e poesias ...
Mas, seu maior destaque foi pelo romance e crônicas, gêneros que ela mais usou. Eu prefiro a Rachel cronista do que a Rachel escritora.
Ela mesma se considera mais cronista do que escritora ( você pode ver isso, nessa entrevista aqui). Já li várias crônicas dela e adorei todas, eu sugiro essas aqui: Crime Perfeito, O menino que morreu duas vezes, Os filhos que nunca tive, Metonímia ou a vingança do enganado. E  agora os romances dela,  os que achei mais interessantes:

Dora Doralina: Nesse romance o foco principal é a vida da mulher. Conta a história de Maria das Dores, uma menina que foi carinhosamente apelidada pelo pai de Dora Doralina. Quando o pai morre, ela tem que viver sob a autoridade da mãe. Se casa, seu marido morre e ela se muda para Fortaleza, iniciando sua viagem de descobrimento. Vai ser atriz e descobrir as belezas e tristezas da cidade grande. Mas, eu não vou falar mais se não estraga o suspense. Foi feito um filme desse livro.

Três Marias:  Nesse ela também explora o papel da mulher na sociedade. Conta a história de três amigas, Maria José, Maria Augusta e Maria da Glória, que são educadas num internato de freiras e quando crescem seguem cada uma um caminho diferente. Desse livro foi feita uma novela na rade globo

Galo de ouro: Esse é um romance de causa social. Nela a Rachel explora vários ambientes. O submundo do Rio de Janeiro, os bixeiros, pais-de-santo, policias...


A Rachel publicou vários outros romances : O quinze, João Miguel, Memorial Maria Moura....

Leiam Rachel de Queiroz!

Ana ;)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Não me deixes

Oii,
A Rachel de Queiroz sempre teve uma conexão muito grande com o sertão. Afinal foi aonde ela cresceu. Então ganhou de presente de seu pai uma fazenda, "Não me deixes", para que ela ficasse sempre conectada com esse pedacinho seu. A fazenda fica em Quixadá e tem uma casa a modelo antigo.
 Vou colocar um trecho da descrição da casa  que achei no site :  http://www.velhosamigos.com.br/Coletanea/coletanea23.html

"A casa-grande foi feita ao modo da casa velha do Junco( fazenda dos ancestrais da Rachel) , arrodeada de alpendres, com chão de tijolos. As janelas abrem para fora, e ficam firmes com prendedores em forma de bonequinhos, feitos uns de ferro, outros de madeira.
Toda branca de cal, as portas e janelas são pintadas de azul Delrey 26. Pertinho, vê-se a casa do feitor, Manoel Dias Tavares, 62 anos, filho de uma amiga de infância da escritora. Quem cuida da casa é a mulher dele, dona Alzenir Ferreira Lima, auxiliada pelo copeiro Aldemir Gomes da Silva, 23.
(...) No alpendre, a rede de tucum balança vazia na aragem da manhã. À esquerda, um pelotão de mandacarus e seus lindos frutos vermelhos.Dentro, a simplicidade impera. Todos os móveis foram feitos com cumaru da fazenda, e não foram envernizados. (...)No quarto que foi dela, a cama de dossel, uma imagem do Padre Cícero. Agnóstica sim, mas também uma mulher de fé. ''Ela queria muito bem a Santo Antônio".(...) As estantes abarrotadas se espalham pelos cômodos da casa. Entre tantos livros, um antigo exemplar da revista A Recreativa, de palavras cruzadas. Nas paredes, fotografias. Uma é em preto e branco, com a mocinha Rachel, a menina Maria Luíza e os pais. A sala de jantar e a cozinha, duas bonitezas. Potes e quartinhas, panelas de barro e colherões de pau.E o fogão de ferro a lenha, onde referveram os tachos de doces e os quitutes que a senhora-dona gostava tanto de fazer."

A fazenda também tinha o solo fértil, produzia algodão, milho e feijão. A   última vez  que visitou a fezenda foi em 2001, passou 4 meses lá .

Se quiserem ver fotos da fazenda, é só ir na página imagens.


Se tiverem sugestões de coisas que eu possa colocar aqui blog é só colocar nos comentários, que eu leio e tento cumprir.

Beijos e até depois.
Ana;)

domingo, 5 de setembro de 2010

Imagens

Oi,
Só um recado para os que ainda não notaram, logo abaixo do nome do meu blog tem duas guias, uma com o nome início e a outra com o nome imagens. Nessa página de imagens eu coloco imagens atualizadas, sobre a vida da Rachel. Acessem também!!!
Beijos
Ana;)

Tangerine Girl Parte 4

Oi,
Finalmente vou terminar a crônica, aqui vai a parte final:
Pensou em se esconder por trás das colunas do portão, para o ver chegar - e não lhe falar nada. Ou talvez tivesse coragem maior e desse a ele a sua mão; juntos caminhariam até a base, depois dançariam um fox langoroso, ele lhe faria ao ouvido declarações de amor em inglês, encostando a face queimada de sol ao seu cabelo. Não pensou se o pessoal de casa lhe deixaria aceitar o convite. Tudo se ia passando como num sonho — e como num sonho se resolveria, sem lutas nem empecilhos.
Muito antes do escurecer, já estava penteada, vestida. Seu coração batia, batia inseguro, a cabeça doía um pouco, o rosto estava em brasas. Resolveu não mostrar o convite a ninguém; não iria ao show; não dançaria, conversaria um pouco com ele no portão. Ensaiava frases em inglês e preparava o ouvido para as doces palavras na língua estranha. Às sete horas ligou o rádio e ficou escutando languidamente o programa de swings. Um irmão passou, fez troça do vestido bonito, naquela hora, e ela nem o ouviu. Às sete e meia já estava na varanda, com o olho no portão e na estrada. Às dez para as oito, noite fechada já há muito, acendeu a pequena lâmpada que alumiava o portão e saiu para o jardim. E às oito em ponto ouviu risadas e tropel de passos na estrada, aproximando-se.
Com um recuo assustado verificou que não vinha apenas o seu marinheiro enamorado, mas um bando ruidoso deles. Viu-os aproximarem-se, trêmula. Eles a avistaram, cercaram o portão — até parecia manobra militar —, tiraram os gorros e foram se apresentando numa algazarra jovial.
E, de repente, mal lhes foi ouvindo os nomes, correndo os olhos pelas caras imberbes, pelo sorriso esportivo e juvenil dos rapazes, fitando-os de um em um, procurando entre eles o seu príncipe sonhado — ela compreendeu tudo. Não existia o seu marinheiro apaixonado — nunca fora ele mais do que um mito do seu coração. Jamais houvera um único, jamais "ele" fora o mesmo. Talvez nem sequer o próprio blimp fosse o mesmo...
Que vergonha, meu Deus! Dera adeus a tanta gente; traída por uma aparência enganosa, mandara diariamente a tantos rapazes diversos as mais doces mensagens do seu coração, e no sorriso deles, nas palavras cordiais que dirigiam à namorada coletiva, à pequena Tangerine-Girl, que já era uma instituição da base — só viu escárnio, familiaridade insolente... Decerto pensavam que ela era também uma dessas pequenas que namoram os marinheiros de passagem, quem quer que seja... decerto pensavam... Meu Deus do Céu!
Os moços, por causa da meia-escuridão, ou porque não cuidavam naquelas nuanças psicológicas, não atentaram na expressão de mágoa e susto que confrangia o rostinho redondo da amiguinha. E, quando um deles, curvando-se, lhe ofereceu o braço, viu-a com surpresa recuar, balbuciando timidamente:
— Desculpem... houve engano... um engano...
E os rapazes compreenderam ainda menos quando a viram fugir, a princípio lentamente, depois numa carreira cega. Nem desconfiaram que ela fugira a trancar-se no quarto e, mordendo o travesseiro, chorou as lágrimas mais amargas e mais quentes que tinha nos olhos.
Nunca mais a viram no laranjal; embora insistissem em atirar presentes, viam que eles ficavam no chão, esquecidos — ou às vezes eram apanhados pelos moleques do sítio.

Então gostaram?O final é meio triste,mas, eu gostei muito e acho que traduz um pouco do estilo da Rachel como escritora! Amanhã venho postar mais coisas interessantes que descobri!
Até depois!!
Ana;)

Volta e Tangerine Girl Parte 3

Oi,´
É eu sei, desapareci! É que esse final de semana eu viajei para minha fazenda e lá até pega internet ,mas, eu queria ficar afastada da tecnologia e curtir a natureza. Bem, eu já voltei então vou postar mais uma parte da Tangerine Girl , e logo em seguida eu posto a parte final, é porque é meio grande.

Mas quando viu a caneca branca pousada no chão, intacta, teve uma confusa intuição do impulso que a mandara; apanhou-a, leu gravadas no fundo as mesmas letras que havia no corpo do dirigível: U. S. Navy. Enquanto isso, o blimp, em lugar de ir para longe, dava mais uma volta lenta sobre a casa e o pomar. Então a mocinha tornou a erguer os olhos e, deliberadamente dessa vez, acenou com a toalha, sorrindo e agitando a cabeça. O blimp fez mais duas voltas e lentamente se afastou — e a menina teve a impressão de que ele levava saudades. Lá de cima, o tripulante pensava também — não em saudades, que ele não sabia português, mas em qualquer coisa pungente e doce, porque, apesar de não falar nossa língua, soldado americano também tem coração.

Foi assim que se estabeleceu aquele rito matinal. Diariamente passava o blimp e diariamente a menina o esperava; não mais levou a toalha branca, e às vezes nem sequer agitava os braços: deixava-se estar imóvel, mancha clara na terra banhada de sol. Era uma espécie de namoro de gavião com gazela: ele, fero soldado cortando os ares; ela, pequena, medrosa, lá embaixo, vendo-o passar com os olhos fascinados. Já agora, os presentes, trazidos de propósito da base, não eram mais a grosseira caneca improvisada; caíam do céu números da Life e da Time, um gorro de marinheiro e, certo dia, o tripulante tirou do bolso o seu lenço de seda vegetal perfumado com essência sintética de violetas. O lenço abriu-se no ar e veio voando como um papagaio de papel; ficou preso afinal nos ramos de um cajueiro, e muito trabalho custou à pequena arrancá-lo de lá com a vara de apanhar cajus; assim mesmo ainda o rasgou um pouco, bem no meio.
Mas de todos os presentes o que mais lhe agradava era ainda o primeiro: a pesada caneca de pó de pedra. Pusera-a no seu quarto, em cima da banca de escrever. A princípio cuidara em usá-la na mesa, às refeições, mas se arreceou da zombaria dos irmãos. Ficou guardando nela os lápis e canetas. Um dia teve idéia melhor e a caneca de louça passou a servir de vaso de flores. Um galho de manacá, um bogari, um jasmim-do-cabo, uma rosa menina, pois no jardim rústico da casa de campo não havia rosas importantes nem flores caras.
Pôs-se a estudar com mais afinco o seu livro de conversação inglesa; quando ia ao cinema, prestava uma atenção intensa aos diálogos, a fim de lhes apanhar não só o sentido, mas a pronúncia. Emprestava ao seu marinheiro as figuras de todos os galãs que via na tela, e sucessivamente ele era Clark Gable, Robert Taylor ou Cary Grant. Ou era louro feito um mocinho que morria numa batalha naval do Pacífico, cujo nome a fita não dava; chegava até a ser, às vezes, careteiro e risonho como Red Skelton. Porque ela era um pouco míope, mal o vislumbrava, olhando-o do chão: via um recorte de cabeça, uns braços se agitando; e, conforme a direção dos raios do sol, parecia-lhe que ele tinha o cabelo louro ou escuro.
Não lhe ocorria que não pudesse ser sempre o mesmo marinheiro. E, na verdade, os tripulantes se revezariam diariamente: uns ficavam de folga e iam passear na cidade com as pequenas que por lá arranjavam; outros iam embora de vez para a África, para a Itália. No posto de dirigíveis criava-se aquela tradição da menina do laranjal. Os marinheiros puseram-lhe o apelido de "Tangerine-Girl". Talvez por causa do filme de Dorothy Lamour, pois Dorothy Lamour é, para todas as forças armadas norte-americanas, o modelo do que devem ser as moças morenas da América do Sul e das ilhas do Pacífico. Talvez porque ela os esperava sempre entre as laranjeiras. E talvez porque o cabelo ruivo da pequena, quando brilhava á luz da manhã, tinha um brilho acobreadao de tangerina madura. Um a um, sucessivamente, como um bem de todos, partilhavam eles o namoro com a garota Tangerine. O piloto da aeronave dava voltas, obediente, voando o mais baixo que lhe permitiam os regulamentos, enquanto 0 outro, da janelinha, olhava e dava adeus.
Não sei por que custou tanto a ocorrer aos rapazes a idéia de atirar um bilhete. Talvez pensassem que ela não os entenderia. Já fazia mais de um mês que sobrevoavam a casa, quando afinal o primeiro bilhete caiu; fora escrito sobre uma cara rosada de rapariga na capa de uma revista: laboriosamente, em letras de imprensa, com os rudimentos de português que haviam aprendido da boca das pequenas, na cidade: "Dear Tangeríne-Gírl. Please você vem hoje (today) base X. Dancing, show. Oito horas P.M." E no outro ângulo da revista, em enormes letras, o "Amigo", que é a palavra de passe dos americanos entre nós.
A pequena não atinou bem com aquele "Tangerine-Girl". Seria ela? Sim, decerto... e aceitou o apelido, como uma lisonja. Depois pensou que as duas letras, do fim: "P.M.", seriam uma assinatura. Peter, Paul, ou Patsy, como o ajudante de Nick Carter? Mas uma lembrança de estudo lhe ocorreu: consultou as páginas finais do dicionário, que tratam de abreviaturas, e verificou, levemente decepcionada, que aquelas letras queriam dizer "a hora depois do meio-dia".
Não pudera acenar uma resposta porque só vira o bilhete ao abrir a revista, depois que o blimp se afastou. E estimou que assim o fosse: sentia-se tremendamente assustada e tímida ante aquela primeira aproximação com o seu aeronauta. Hoje veria se ele era alto e belo, louro ou moreno.
 
 
Beijos
Ana;)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Tangerine Girl - parte II

Meu quarto, 02/09,18:13

Oii,
Resolvi colocar de onde eu estou escrevendo agora. Bem, hoje vou colocar a parte  dois do conto Tangerine Girl:

Acabara o café da manhã; a menina tirara a mesa e fora à porta que dá para o laranjal, sacudir da toalha as migalhas de pão. Lá de cima um tripulante avistou aquele pano branco tremulando entre as árvores espalhadas e a areia, e o seu coração solitário comoveu-se. Vivia naquela base como um frade no seu convento — sozinho entre soldados e exortações patrióticas. E ali estava, juntinho ao oitão da casa de telhado vermelho, sacudindo um pano entre a mancha verde das laranjeiras, uma mocinha de cabelo ruivo. O marinheiro agitou-se todo com aquele adeus. Várias vezes já sobrevoara aquela casa, vira gente embaixo entrando e saindo; e pensara quão distantes uns dos outros vivem os homens, quão indiferentes passam entre si, cada um trancado na sua vida. Ele estava voando por cima das pessoas, vendo-as, espiando-as, e, se algumas erguiam os olhos, nenhuma pensava no navegador que ia dentro; queriam só ver a beleza prateada vogando pelo céu.
Mas agora aquela menina tinha para ele um pensamento, agitava no ar um pano, como uma bandeira; decerto era bonita — o sol lhe tirava fulgurações de fogo do cabelo, e a silhueta esguia se recortava claramente no fundo verde-e-areia. Seu coração atirou-se para a menina num grande impulso agradecido; debruçou-se à janela, agitou os braços, gritou: "Amigo!, amigo!"— embora soubesse que o vento, a distância, o ruído do motor não deixariam ouvir-se nada. Ficou incerto se ela lhe vira os gestos e quis lhe corresponder de modo mais tangível. Gostaria de lhe atirar uma flor, uma oferenda. Mas que podia haver dentro de um dirigível da Marinha que servisse para ser oferecido a uma pequena? O objeto mais delicado que encontrou foi uma grande caneca de louça branca, pesada como uma bala de canhão, na qual em breve lhe iriam servir o café. E foi aquela caneca que o navegante atirou; atirou, não: deixou cair a uma distância prudente da figurinha iluminada, lá embaixo; deixou-a cair num gesto delicado, procurando abrandar a força da gravidade, a fim de que o objeto não chegasse sibilante como um projétil, mas suavemente, como uma dádiva.
A menina que sacudia a toalha erguera realmente os olhos ao ouvir o motor do blimp. Viu os braços do rapaz se agitarem lá em cima. Depois viu aquela coisa branca fender o ar e cair na areia; teve um susto, pensou numa brincadeira de mau gosto — uma pilhéria rude de soldado estrangeiro.
 
 
Então o que estão achando??
 
 
Ana;)
Fonte: http://www.releituras.com/racheldequeiroz