Oi!
Como prometi, vou postar duas vezes hoje. Aqui vou colocar trechos de duas entrevistas com a Rachel. Por essas entrevistas você consegue ver como era a personalidade dela.
Essa aqui foi em 2000, no site PENAZUL, Por HERMES RODRIGUES NERY
Como foi seu primeiro contato com os livros?
Rachel de Queiroz - Eu aprendi a ler com cinco anos de idade. De lá pra cá, não parei mais. Eu desembestei e estou assim até hoje. Mamãe ia selecionando o que achava melhor. Mas, de maneira geral, eu era onívora.
Apesar de curta, sua militância lhe valeu um período no cárcere. Como foi isso?
Rachel de Queiroz - Eu fui presa várias vezes. A mais demorada - passei seis dias na cadeia - foi quando o Getúlio estava preparando o golpe para se apossar do poder. Ele botou todos os jornalistas da oposição em cana e deu o golpe de estado. E ninguém podia falar. Depois, quando a imprensa já estava toda amordaçada, continuou sem poder falar.
Todo escritor, no decorrer da carreira, escolhe um gênero que mais se adapta ao seu estilo: a crônica, o romance, o conto ou a poesia. A senhora se sente mais cronista que romancista, é isso?
Rachel de Queiroz - Eu escrevi em O Cruzeiro até a revista desaparecer. Durante trinta anos, eu escrevi a sua última página, que era uma crônica, não um artigo. Foi assim que eu fiquei conhecida no país inteiro, porque O Cruzeiro era vendido em toda parte. Sinto-me mais cronista. Romancista eu me sinto muito fraca. Toda semana eu mando um artigo para O Estado de S. Paulo. Já são milhares de crônicas, em vários livros. Faz-se uma seleção das menos ruins e se publica..
A propósito, a senhora deve estar se preparando para viver um fim de ano repleto de homenagens por seus 90 anos. O seu estado lhe deve uma bela homenagem, não é?
Rachel de Queiroz - Eu acho que não, espero que não. A gente fica meio encabulada. O Ceará já se armou várias vezes para isso e eu tenho conseguido escapulir. Qualquer dia eles conseguem.
A senhora é muito caseira, não é muito afeita a homenagens. A senhora se sente tão à vontade na cozinha quanto em seu escritório?
Rachel de Queiroz - Sou boa cozinheira, sou melhor cozinheira que escritora, de forma que espero que esse meu livro de cozinha seja minha obra-prima.
Essa agora foi para a Folha de São Paulo em 1992.
Folha de S.Paulo - Você foi, é uma pessoa feliz?
Rachel - Feliz, propriamente, não. Tenho uma natureza conformada com as circunstâncias.
Folha de S.Paulo - Então por que, nas fotos, está sempre sorrindo?
Rachel - Porque fico muito feia quando estou séria. Tenho duas rugas grandes ao redor da boca.
Folha de S.Paulo - Como você avalia sua obra?
Rachel - Nunca releio um livro meu. Tenho um pouco de vergonha de todos os meus livros, de "O Quinze" tenho uma antipatia mortal, esse livro me persegue há 60 anos. Detesto eles todos.
Folha de S.Paulo - Você foi comunista, trotskista...
Rachel - Pertenci ao Partido Comunista durante 24 horas. Era simpatizante, fui admitida, mas no dia seguinte tive uma grande briga e abandonei o partido. Ideologicamente continuo trotskista, o camarada Trotski ainda é uma personalidade muito importante para mim. Era um grande escritor.
Folha de S.Paulo - Que autores mais lhe influenciaram?
Rachel - Difícil dizer, porque minha mãe era uma intelectual muito lida, foi formando meu gosto de pequena. Ia me dando o Eça, o menos pesado do Eça --sem dizer isso, porque aí eu ficava curiosa pelo mais pesado. Gosto muito dos autores ingleses, mas fui criada nos franceses, nos portugueses. Dos brasileiros, Machado, que é meu ídolo, meu deus literário.
Folha de S.Paulo - Lê filosofia, também?
Rachel - Só gosto de ficção. Li filosofia quando marxista porque era obrigada. Filosofia é chato que é danado.
Folha de S.Paulo - Como foi sua história de amor com Oyama de Macedo?
Rachel - Foi esse negócio de paixão à primeira vista, fomos viver juntos, ele era desquitado e eu também. Não havia divórcio. Toda vez que no Congresso não passava a lei do divórcio, a mãe dele tinha uma enxaqueca. Quando chegou, acho que um dos primeiros casamentos do Brasil foi o nosso. Oyama deu esse presente para a mãe. Ele foi meu único grande amor.
Folha de S.Paulo - Clarice Lispector era sua amiga?
Rachel - Gostava muito dela e ela gostava muito de mim. Era uma pessoa estranha, muito fechada, cheia de fragilidades. Você magoava a Clarice sem saber, era uma pessoa extremamente difícil. Como escritora, era a maior de todas nós.
Folha de S.Paulo - E qual seria sua posição?
Rachel - Acho que a última.
Se quiser ler as entrevistas completas elas estão aqui:
http://sites.uol.com.br/medei/penazul/geral/entrevis/rachel.htm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u38515.shtml
Até depois
Beijos
ANA
domingo, 29 de agosto de 2010
Rachel de Queiroz - Biografia parte 3
Oi,
Finalmente vou concluir a biografia da Rachel.
A partir daí (1940) Rachel não parou mais. Escreveu peças, livros e diversas crônicas e contos. Recebeu muitos prêmios.Entre eles o prêmio Machado de Assis( que por sinal é seu escritor favorito) concedido a ela pela Academia Brasileira de Letras. Alguns de seus livros foram traduzidos para inglês, alemão e japonês. E em 1977 ela conseguiu um dos feitos pelo qual é mais conhecida, foi a primeira mulher a entrar para a academia brasileira de letras. Muitos de seus livros também foram adaptados para a tv entre eles : A três marias, Memorial Maria Moura, Dôra Doralina. Fez dois livros com a parceria de sua irmã:Tantos Anos ( livro de memórias) e Não me deixes- Sua história e sua cozinha. ( Não me deixes é o nome de sua fazenda).
Em 2003 faltando apenas 13 dias para completar 93 anos, Rachel de Queiroz morre, dormindo em sua rede no Rio de Janeiro. Mas, sua história não acaba por aí. Só o fato de eu estar fazendo um blog em sua homenagem, já a mantem viva e enquanto as pessoas ainda lerem seus livros ela nunca morrerá( como escreveu a autora Socorro Acioli em seu Livro a Casa dos Benjim, livro que ela fez em homenagem a Rachel).
Bem, é isso.
Alguém já assitiu alguma adaptação da tv dos livros da RACHEL?
Beijos
Ana;)
Finalmente vou concluir a biografia da Rachel.
A partir daí (1940) Rachel não parou mais. Escreveu peças, livros e diversas crônicas e contos. Recebeu muitos prêmios.Entre eles o prêmio Machado de Assis( que por sinal é seu escritor favorito) concedido a ela pela Academia Brasileira de Letras. Alguns de seus livros foram traduzidos para inglês, alemão e japonês. E em 1977 ela conseguiu um dos feitos pelo qual é mais conhecida, foi a primeira mulher a entrar para a academia brasileira de letras. Muitos de seus livros também foram adaptados para a tv entre eles : A três marias, Memorial Maria Moura, Dôra Doralina. Fez dois livros com a parceria de sua irmã:Tantos Anos ( livro de memórias) e Não me deixes- Sua história e sua cozinha. ( Não me deixes é o nome de sua fazenda).
Em 2003 faltando apenas 13 dias para completar 93 anos, Rachel de Queiroz morre, dormindo em sua rede no Rio de Janeiro. Mas, sua história não acaba por aí. Só o fato de eu estar fazendo um blog em sua homenagem, já a mantem viva e enquanto as pessoas ainda lerem seus livros ela nunca morrerá( como escreveu a autora Socorro Acioli em seu Livro a Casa dos Benjim, livro que ela fez em homenagem a Rachel).
Bem, é isso.
Alguém já assitiu alguma adaptação da tv dos livros da RACHEL?
Beijos
Ana;)
sábado, 28 de agosto de 2010
Oi rápido.
Oi!
Gente estou passando só para dar uma satifação. Eu sei que eu disse que terminaria a história da Rachel hoje, mas, é que agora eu estou muito cansada e sem condição se pensar. Razão? Matemática. Essa matéria é nova então tenho que me dedicar muito a ela. Prometo que amanhã termino e ainda coloco umas entrevisatas com ela, para vocês conhecerem a personalidade da Rachel.
Beijos
Ana:)
Gente estou passando só para dar uma satifação. Eu sei que eu disse que terminaria a história da Rachel hoje, mas, é que agora eu estou muito cansada e sem condição se pensar. Razão? Matemática. Essa matéria é nova então tenho que me dedicar muito a ela. Prometo que amanhã termino e ainda coloco umas entrevisatas com ela, para vocês conhecerem a personalidade da Rachel.
Beijos
Ana:)
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Rachel de Queiroz- Biografia Parte II
Oi,
Voltei para continuar a contar a história da Rachel.
Bem, seu livro o Quinze é ´publicado com a ajuda dos pais e recebe elogios de Augusto Frederico Schmidt e Mário de Andrade. Em 1932 casa-se com seu primeiro marido José Auto Da Cruz Oliveira. Rachel sempre foi envolvida com a política. Foi associada ao partido comunista,mas, quando escreve o seu segundo livro ( João Miguel) ela tem que submete-lo a um comitê. O livro é desaprovado e eles sugerem mudanças para divulgar as ideias do partido. Rachel acha que eles não tem o direito de dizer sobre o que ela pode escrever, rompe com o partido e lança seu livro sem modificações( nesse ponto vemos como Rachel tem uma personalidade forte) . Em 1933 nasce sua primeira e única filha, Clotilde( o mesmo nome de sua mãe), mas, acontece uma tragédia na vida de Rachel,que terá ainda muitas tristezas: sua filha morre aos 18 meses vítima de meningite, meses depois seu irmão morre de septimicia, Rachel entra em profunda tristeza. Em 1937, escreve Caminho das Pedras. Em 1939 se separa de seu marido e escreve o romance As três marias. Um ano depois, ela conhece seu segundo marido, o médico Oyama de Macedo, com quem fica casado por 42 anos até a morte dele. Rachel se refere a Oyama como o grande e único amor de sua vida apesar disso não teve filhos com ele.
Por hoje é só.Estudei muito matemática e
estou cansada amanhã termino a história da Rachel.
Vocês acham que esse rompimento com o partido comunista foi só um pretexto para ela sair ou ela realmente tinha uma personalidade muito forte?
Beijos e até amanhã
Ana;)
Fonte : http://www.releituras.com/racheldequeiroz
Livro : Rachel de Queiroz por Heloísa Buarque de Hollanda.
Voltei para continuar a contar a história da Rachel.
Bem, seu livro o Quinze é ´publicado com a ajuda dos pais e recebe elogios de Augusto Frederico Schmidt e Mário de Andrade. Em 1932 casa-se com seu primeiro marido José Auto Da Cruz Oliveira. Rachel sempre foi envolvida com a política. Foi associada ao partido comunista,mas, quando escreve o seu segundo livro ( João Miguel) ela tem que submete-lo a um comitê. O livro é desaprovado e eles sugerem mudanças para divulgar as ideias do partido. Rachel acha que eles não tem o direito de dizer sobre o que ela pode escrever, rompe com o partido e lança seu livro sem modificações( nesse ponto vemos como Rachel tem uma personalidade forte) . Em 1933 nasce sua primeira e única filha, Clotilde( o mesmo nome de sua mãe), mas, acontece uma tragédia na vida de Rachel,que terá ainda muitas tristezas: sua filha morre aos 18 meses vítima de meningite, meses depois seu irmão morre de septimicia, Rachel entra em profunda tristeza. Em 1937, escreve Caminho das Pedras. Em 1939 se separa de seu marido e escreve o romance As três marias. Um ano depois, ela conhece seu segundo marido, o médico Oyama de Macedo, com quem fica casado por 42 anos até a morte dele. Rachel se refere a Oyama como o grande e único amor de sua vida apesar disso não teve filhos com ele.
Por hoje é só.Estudei muito matemática e
estou cansada amanhã termino a história da Rachel.
Vocês acham que esse rompimento com o partido comunista foi só um pretexto para ela sair ou ela realmente tinha uma personalidade muito forte?
Beijos e até amanhã
Ana;)
Fonte : http://www.releituras.com/racheldequeiroz
Livro : Rachel de Queiroz por Heloísa Buarque de Hollanda.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Rachel de Queiroz Biografia - Parte 1
Oi,
Finalmente achei tempo para postar. Minha vida tem sido muito corrida esses dias. Tem o inglês, o francês além de que tem prova de matemática na quarta, então não tenho tido muito tempo para internet. Bom, agora eu vou contar a história da Rachel, mas, como é muito grande vou escrever em duas partes.
Rachel de Queiroz, nasceu na capital do Ceará, há 100 anos no mês novembro, eu acho que seu talento para a escrita vem de seu parentesco com um grande escritor cearense José De Alencar ( ele escreveu O Guarani, A pata da gazela entre outros) porque eu acho que essa coisa de escrever vem do sangue, é um dom, não há escola que ensine isso. Voltando para a história da Rachel, ela deve sua educação totalmente a seu pai que lhe ensinou a ler, cavalgar e nadar. O livro o Quinze, teve um pouca de sua experiência pessoal já que em 1917 ela fugiu da seca com sua família para o Rio de Janeiro. Depois de um tempo eles voltam para sua fazenda em Quixadá onde Rachel se dedica a leitura intensiva, sua mãe sempre atualizada com os lançamentos nacionais e estrangeiros, principalmente os franceses. É nesse ponto que ela começa a escrever aos 16 anos mais ou menos, mas, por vergonha não mostrava seus textos a ninguém. Esse é um mal que assola muitos escritores principiantes, por medo de ser motivo de chacota não mostram os escritos a ninguém e acaba que grandes escritores permanecem em anonimato. Rachel começa a publicar seus escritos quando manda uma carta anônima a um jornal ironizando um concurso que tinha na sua cidade, é então aí que ela começa a escrever regulamente para o jornal e a publicar seus textos.
Seu primeiro livro foi escrito quando estava doente e precisou fazer repouso, é provavelmente seu livro mais conhecido hoje : O quinze.
Fim da parte 1
Então o que acharam da vida da Rachel? Alguém já leu algum livro dela?
Finalmente achei tempo para postar. Minha vida tem sido muito corrida esses dias. Tem o inglês, o francês além de que tem prova de matemática na quarta, então não tenho tido muito tempo para internet. Bom, agora eu vou contar a história da Rachel, mas, como é muito grande vou escrever em duas partes.
Rachel de Queiroz, nasceu na capital do Ceará, há 100 anos no mês novembro, eu acho que seu talento para a escrita vem de seu parentesco com um grande escritor cearense José De Alencar ( ele escreveu O Guarani, A pata da gazela entre outros) porque eu acho que essa coisa de escrever vem do sangue, é um dom, não há escola que ensine isso. Voltando para a história da Rachel, ela deve sua educação totalmente a seu pai que lhe ensinou a ler, cavalgar e nadar. O livro o Quinze, teve um pouca de sua experiência pessoal já que em 1917 ela fugiu da seca com sua família para o Rio de Janeiro. Depois de um tempo eles voltam para sua fazenda em Quixadá onde Rachel se dedica a leitura intensiva, sua mãe sempre atualizada com os lançamentos nacionais e estrangeiros, principalmente os franceses. É nesse ponto que ela começa a escrever aos 16 anos mais ou menos, mas, por vergonha não mostrava seus textos a ninguém. Esse é um mal que assola muitos escritores principiantes, por medo de ser motivo de chacota não mostram os escritos a ninguém e acaba que grandes escritores permanecem em anonimato. Rachel começa a publicar seus escritos quando manda uma carta anônima a um jornal ironizando um concurso que tinha na sua cidade, é então aí que ela começa a escrever regulamente para o jornal e a publicar seus textos.
Seu primeiro livro foi escrito quando estava doente e precisou fazer repouso, é provavelmente seu livro mais conhecido hoje : O quinze.
Fim da parte 1
Então o que acharam da vida da Rachel? Alguém já leu algum livro dela?
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
oooiiii
Oi!
Este meu blog faz parte de um concurso que acontece todo ano no meu colégio. Esse ano o tema é o centenário de Rachel de Queiroz, sendo assim meu blog é dedicado a ela. Eu já tive vários blogs antes,mas, nunca sobre um tema especifico como agora.
Bom,tenho que ir.
Depois falo mais detalhadamente.
Beijos
Ana:)
Este meu blog faz parte de um concurso que acontece todo ano no meu colégio. Esse ano o tema é o centenário de Rachel de Queiroz, sendo assim meu blog é dedicado a ela. Eu já tive vários blogs antes,mas, nunca sobre um tema especifico como agora.
Bom,tenho que ir.
Depois falo mais detalhadamente.
Beijos
Ana:)
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